terça-feira, 6 de setembro de 2011

Saudade Dorida

Eu adorava viajar
Lá pras bandas do sertão
Pra matar a saudade
Que existia no meu coração

Gostava de ver a fazenda
E os velhos companheiros
O imenso cafezal e matas
Os carros e os bois carreiros

O retiro e rios e matas
Aquelas vacas leiteiras
O farturento pomar
Também as velhas mangueiras

Hoje um poderoso milionário
Dono de dinheiro e ganância
Comprou toda propriedade
E também da vizinhança

Quem passar por lá
Ver aquilo tudo acabado
Em um imenso canavial
Tudo foi transformado

Até a sede da fazenda
Também foi demolida
Sinto em meu coração
Uma saudade dorida

A casa de colono onde nasci
E passei parte da minha vida
Também foi uma das primeiras
Que foram bem destruídas

Até a mata do macaco bugil
Onde tinha todo tipo de caça
Foi totalmente destruída
Também me fez perder a graça

Foi um lugar abençoado
De fartura e felicidade
Com tristeza os colonos
Tiveram que mudar pra cidade

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