quarta-feira, 10 de agosto de 2011

recordando o meu passado



A Mulher Caridosa


Casei com uma milionária
Que faz muita caridade
Ela ajuda aos necessitados
Por todo lado da cidade

            Além de muito popular
            Ela é rica e estudada
            Uma grande empresária
            Tem uma fortuna danada

Após cinco anos de casado
Descobri a realidade
Ela já deu pra muita gente
Em diversos bairros da cidade

            Eu sou muito correto
            E não tenho preconceito
            Quando descobri o que ela dava
            Fiquei muito satisfeito

Fiquei muito surpreendido
E também muito contente
Quando soube que ela deu
Pro Antônio e pro Vicente

            Ela fazia doações
            Correta e muito séria
            Pra diversas pessoas
            Que viviam na miséria

Cesta básica e roupas
Remédio e aluguel também
Pagava até faculdade
Não comentava com ninguém

            Ela deu para eles
            O custeio da faculdade
            São médicos especialistas
            Também fazem caridade

Se você entendeu mal
Enquanto a maldade reinava
Agora fica sabendo
É só isto que ela dava
João Rabiço
Caixa Postal: 39
Oliveira/MG
CEP: 35540-000
10/03/2011







RECORDANDO O MEU PASSADO
                                                                                                          


Foi em plena mocidade
Que deixei o meu sertão
Levei comigo a saudade
E a triste recordação.

Após tantos anos distantes
Voltei pra matar a saudade
De tudo que ali deixei
Não resta nem a metade.

Vendo quase tudo acabado
Senti vontade de chorar
A fazenda a casa dos colonos
O milharal e o pomar.

Aquele imenso cafezal
Os carros e os bois carreiros
No transporte das colheitas
Eu também fui candeeiro.

Com seus 90 anos
O capataz da fazenda
Amansava burro bravo
O carreiro Zé Rosenda

Aqueles moinhos de pedra
Que produziam muito fubá
O rego dágua e o monjolo              
Também não encontrei lá.              
               

O imenso bananal            
Com diversas qualidades
Também servia de banheiro
Pra nossas necessidades


Naquela imensa tuia
Já quase toda desabada
Minhas varas de ferrão
Meu facão e minha enxada.

O rio que a gente se banhava
Como era de costume
Diminuiu tanto suas águas
Está com pequeno volume.

Naquela imensa floresta
Tinha todo tipo de caça
Foi totalmente destruída
Também me fez perder a graça.

Encontrei na estrada        
A cabocla Terezinha
Relembrei que ela foi
Minha primeira namoradinha.       

Recordei o meu passado
E voltei pra capital
Vou viver o resto da vida
Na poluição infernal.





3 comentários:

  1. O Caso do Luís

    O que está acontecendo
    Com o grande amigo Luíz
    Ele sempre faz de bobo
    Mas é sabido e feliz

    Casou com a empregada
    De um grande milionário
    Que sempre a presenteava
    Como em seu aniversário

    Me disse que ela ganhou
    Até um carro zerinho
    E tantos outros presentes
    Que já preocupava os vizinhos

    Contou que teve proposta
    Do famoso milionário
    Para dizer qual presente
    Quer ganhar de aniversário

    Ele me pediu opinião
    Tranqüilo,em paz,sorridente
    O que deveria pedir
    Ao amigo de presente

    Eu logo disse para ele
    Sua vergonha já se foi
    Você deve pedir e usar
    Só dois chifres de boi






    João Rabiço
    E-mail:poesiasjoaorabico@gmail.com
    Caixa Postal: 39
    Oliveira/MG
    Cep: 35.540-000
    Abril de 1995

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  2. Consequências Desastrosas

    Oh meu Deus a coisa tá séria
    Cada vez mais perigosas
    Rios e Lagos estão secando
    E as consequências são desastrosas

    A maldita devastação
    As terríveis queimadas
    Tanta gente imbecil
    Fazendo esta grande burrada

    Quando a natureza resolve
    Fazer a demonstração
    O mundo inteiro sofre
    Por causa da destruição

    Nuns lugares aquela seca
    A televisão mostra pra confirmar
    Noutros lugares enchentes e vendaval
    É coisa de amedrontar

    A poluição do ar
    O sol e o calor ardente
    Aumentando as epidemias
    É sofrimento pra toda gente







    João Rabiço
    Caixa Postal:39
    Oliveira/MG
    CEP:35.540-000
    21/09/2010

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