Foi, sim, com muita tristeza
Que deixei minha paioça.
Deixei lá minha cabocla
E meu povo lá da roça.
Pra ganhar melhor salário
Mudei logo prá cidade,
Quanto mais o tempo é vário
Mais aumenta a saudade.
Ajudei tanto o patrão
Trabalhei com muito amor,
Fiz lavouras com enxadão
E ele não me deu valor.
Hoje ele está arrependido,
Com a lavoura abandonada.
Não acha quem faz o tido
E não produz mais nada.
Da história que contei,
Guardo no meu coração;
Lugares por onde andei
Lembram a roça e meu sertão.
João Rabiço.
Caixa postal-39
CEP: 35.540-000
Oliveira/MG
Falar de João Rabiço é falar de gente, do povo mineiro, dos casos causos, rimados, sérios ou engraçados. É falar de luta, trabalho e sonhos. É falar de família, amigos, plantas, bichos, dos tempos idos e vividos, do agora, da fé. Fé em Deus e nas pessoas, fé nos sonhos, em mudanças e consertos. João Rabiço é tudo isso, mesclado e encorpado, incorporado no objetivo de fazer rir ou pensar, homenagear ou alertar sobre coisas do dia-a-dia de cada um ou de todos nós. Marlene Mendes Laranjo
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